Depoimento da Professora Amanda Gurgel

Relato da professora Amanda Gurgel, de Natal (RN), sobre a situação da educação, que ultrapassa os limites de seu estado e atinge todo o país. Verdadeiro e triste relato... Não deixem de assistir ao link...

Dia 07/04/2011 – Triste fim... Triste dia.

Nós debatíamos ‘’O triste fim de Policarpo Quaresma” - fim este que trata não só de sua morte física, mas principalmente da morte de seus ideais - quando, no Rio de Janeiro, um jovem de 23 anos entrou em sua antiga escola e disparou uma série de tiros contra os alunos, em sua maioria meninas. Tiros estes mirados geralmente na cabeça ou no tórax segundo os relatos. A tragédia poderia ter sido muito pior, se um dos garotos, já ferido, não tivesse conseguido encontrar policiais e avisá-los sobre o ocorrido a fim de que esses contivessem o criminoso. O criminoso foi contido pelo tiro dos policiais e em seguida atirou na própria cabeça.

Um dia em que a vida e os ideais daqueles alunos e suas famílias foram interrompidos. Um dia em que uma escola que deveria ser refúgio de tantas mazelas, uma alternativa para as mudanças no mundo e nos seres que nele habitam foi palco de destruição, desconstrução e sangue.

O perfil do criminoso será traçado. As famílias, os funcionários e os alunos receberão, ao menos é o que se diz, ajuda especializada para superar o acontecimento. O projeto sobre detector de metais em escolas será ainda mais debatido, assim como um novo plebiscito contra o desarmamento. É pena que uma tragédia tenha que ocorrer para que atitudes sejam pensadas, porque infelizmente é difícil crer que serão tomadas.

‘’O Brasil é o país do futuro...” cantava Renato Russo em uma de suas preciosas canções, contudo, que futuro será esse diante de tamanha fragilidade em alicerces tão fundamentais da sociedade como a educação e a segurança?

Preferiríamos postar as mais belas poesias, falar das dúvidas mais cruciais de nosso idioma, dar dicas de expressões, livros e filmes, mas a tristeza, ainda que distante, foi maior. Que haja conforto para aqueles que vivenciaram de perto esta tragédia, diante de uma dor que parece imensa, indescritível e imensurável.

“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora.” Benedetto Croce

À medida que ou na medida em que?

a) À medida que estudamos, abrimos novos horizontes.
b) Devemos estar atentos, na medida em que, enfrentaremos provas mais difíceis neste semestre.

À medida que e na medida em que agem como conectivos unindo as orações. Essas expressões são diferetens quanto aos seus significados:

- À medida que: indica proporcionalidade, à proporção que;
- Na medida em que: indica uma relação de causa e consequência. Equivale a uma vez que, porque, já que.

Quando a dúvida surgir, substitua as expressóes citadas pelas formas à proporção que ou uma vez que.

Para onde?

E as aulas voltaram e para valer. Já temos trabalhos e seminários para fazer e a pilha de livros, artigos e afins vai crescendo diariamente, como tem que ser.
A tristeza é que nós, alunos do 5º semestre, pensamos que teríamos novos alunos, ingressantes do 1º, juntando-se a nós porém isso não ocorreu. Mais uma vez não teremos alunos ingressantes, uma nova turma, sangue novo, cabeças leves prestes a tornarem-se fatigadas e ainda assim felizes.
A verdade é que precisamos fazer algo, entender os motivos e buscarmos soluções por mais que isso pareça utópico. Que remamos contra a maré nós já sabemos, mas para onde estamos sendo levados?

Primeiros escritos do ano...

E 2011 começou...

Renovados por esse “ritual de passagem” eis que estamos diante não apenas de novas esperanças ou grandes aventuras, mas também, e talvez principalmente, diante daquele que será o nosso último ano nessa graduação.

Eis que este será o ano do 5º e do 6º semestre, o penúltimo e o último, respectivamente. Difícil acreditar que sobrevivemos. Dá medo só de pensar naquilo que nos espera. Passará rápido? Será doloroso? Quantas noites de sono serão perdidas? Em quantas discussões nos envolveremos? Quais aulas ficarão marcadas? É sempre uma mistura de sentimentos e sensações e talvez por isso seja tão intenso.

Assisti à posse da Presidenta Dilma, como ela diz preferir ser chamada, e independente de ter votado nela ou não, espero que se cumpram as suas promessas, principalmente no quesito educação. Segue o trecho para quem não viu:

“Nas últimas décadas, o Brasil universalizou o ensino fundamental. Porém é preciso melhorar sua qualidade e aumentar as vagas no ensino infantil e no ensino médio.

Para isso, vamos ajudar decididamente os municípios a ampliar a oferta de creches e de pré-escolas.

No ensino médio, além do aumento do investimento público vamos estender a vitoriosa experiência do ProUni para o ensino médio profissionalizante, acelerando a oferta de milhares de vagas para que nossos jovens recebam uma formação educacional e profissional de qualidade.

Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso dos professores e da sociedade com a educação das crianças e dos jovens.

Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento”.

Eis o primeiro post de ano. Post cheio de esperança em relação a 2011. Que os nossos últimos semestres sejam fantásticos e que a educação do nosso país, e o país num todo, progrida verdadeiramente.