sábado, 9 de abril de 2011

Dia 07/04/2011 – Triste fim... Triste dia.

Nós debatíamos ‘’O triste fim de Policarpo Quaresma” - fim este que trata não só de sua morte física, mas principalmente da morte de seus ideais - quando, no Rio de Janeiro, um jovem de 23 anos entrou em sua antiga escola e disparou uma série de tiros contra os alunos, em sua maioria meninas. Tiros estes mirados geralmente na cabeça ou no tórax segundo os relatos. A tragédia poderia ter sido muito pior, se um dos garotos, já ferido, não tivesse conseguido encontrar policiais e avisá-los sobre o ocorrido a fim de que esses contivessem o criminoso. O criminoso foi contido pelo tiro dos policiais e em seguida atirou na própria cabeça.
Um dia em que a vida e os ideais daqueles alunos e suas famílias foram interrompidos. Um dia em que uma escola que deveria ser refúgio de tantas mazelas, uma alternativa para as mudanças no mundo e nos seres que nele habitam foi palco de destruição, desconstrução e sangue.
O perfil do criminoso será traçado. As famílias, os funcionários e os alunos receberão, ao menos é o que se diz, ajuda especializada para superar o acontecimento. O projeto sobre detector de metais em escolas será ainda mais debatido, assim como um novo plebiscito contra o desarmamento. É pena que uma tragédia tenha que ocorrer para que atitudes sejam pensadas, porque infelizmente é difícil crer que serão tomadas.
‘’O Brasil é o país do futuro...” cantava Renato Russo em uma de suas preciosas canções, contudo, que futuro será esse diante de tamanha fragilidade em alicerces tão fundamentais da sociedade como a educação e a segurança?
Preferiríamos postar as mais belas poesias, falar das dúvidas mais cruciais de nosso idioma, dar dicas de expressões, livros e filmes, mas a tristeza, ainda que distante, foi maior. Que haja conforto para aqueles que vivenciaram de perto esta tragédia, diante de uma dor que parece imensa, indescritível e imensurável.

“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora.” Benedetto Croce

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